Carga de treinamento é o estímulo ao qual atletas são submetidos durante o processo de treinamento e competição e é composta de carga externa e carga interna.
Pode-se dizer que a carga externa é todo o trabalho (carga mecânica) realizado pelo indivíduo, por exemplo, quantidade de quilômetros percorridos, duração total da atividade entre outros parâmetros utilizados para quantificar um treinamento realizado.
A carga interna corresponde à resposta fisiológica e psicológica, individual, gerada a partir da carga externa a qual os atletas são submetidos. Frequência cardíaca, percepção subjetiva de esforço e questionários de humor e bem-estar são algumas das ferramentas utilizadas para mensurar essa resposta interna.
O esquema abaixo, adaptado de Impellizzeri, retrata a interação da carga externa e interna e como se dá as respostas ao processo de treinamento físico.
A partir da figura acima, pode-se dizer que treinadores devem se preocupar em realizar um planejamento detalhado e cuidadoso das atividades a serem proposta, uma vez que a qualidade, quantidade e organização das mesmas influenciam no processo.
As características individuais, fatores genéticos, também influenciam no treinamento, entretanto, não há nada que se possa fazer a respeito, é preciso tentar conhecê-las e respeitá-las.
A ciência já comprovou que é preciso ter equilíbrio entre a carga de treinamento e recuperação para que ocorra melhores adaptações. Ou seja, para que o individuo apresente melhoria em seu condicionamento físico, é preciso ser respeitado um período de recuperação entre uma sessão de treino e outra, para que o organismo possa voltar para seu estado de homeostasia e, consequentemente, esteja adaptado a um nível maior de carga de treinamento.
Entretanto, caso ocorra um desequilíbrio na gestão de carga e os períodos de recuperação entre os estímulos sejam insuficientes para permitir que o organismo volte ao estado de homeostasia, o indivíduo pode apresentar capacidade de desempenho reduzida e aumentar consideravelmente o risco de lesão.
Sabe-se que o esporte, principalmente o futebol, deixou de ser praticado apenas por lazer e entretenimento e tornou-se extremamente competitivo e um produto de altíssimo poder econômico. Dessa forma, aumentou-se a quantidade de competições e partidas as quais os atletas são submetidos anualmente.
Assim, a carga de treinamento cresceu consideravelmente e o tempo de recuperação entre uma partida e outra está muito curto, insuficiente para promover recuperação total dos atletas.
Diante essa realidade, o desafio dos profissionais que compõe a comissão técnica dos clubes é conseguir monitorar e controlar a carga de treinamento à qual os atletas são submetidos. Cientes do pouco tempo de recuperação disponível entre as partidas e treinamentos, muitas vezes a solução encontrada é poupar os jogadores de treinamentos e/ou jogos, na tentativa de reduzir o risco de lesões.
O futebol brasileiro apresenta um calendário extremamente congestionado, com equipes muitas vezes realizando até 3 partidas em uma semana (domingo – quarta – domingo). Consequentemente, o alto número de lesões apresentado por grande parte das equipes que disputam a competição não é surpreendente. Pelo contrário, é esperado que o número e gravidade das lesões seja alto. Importante ressaltar, também, que o tamanho continental do Brasil e as constantes viagens que os times fazem contribuem para que a recuperação dos atletas não seja otimizada.
Então, como enfrentar essa realidade? Qual deve ser a carga de treinamento aplicada? Indubitavelmente, não é simples responder às questões acima, mais difícil ainda é determinar a carga adequada, pois vale lembrar que, embora o futebol seja uma modalidade coletiva, é preciso respeitar as características biológicas individuais.
A ciência do esporte tem avançado rapidamente e produzido novos conhecimentos. Os recursos tecnológicos disponíveis no mercado auxiliam no monitoramento e busca de solução para os problemas enfrentados pela equipe multidisciplinar que atuam nos clubes e uma das respostas apresentadas foi a relação de carga aguda e crônica. Uma metodologia de controle de carga de treinamento proposta recentemente e que se tornou uma ferramenta de grande importância. Falaremos mais sobre ela no próximo post.
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